A audiometria tonal tem por objetivo medir a menor intensidade sonora capaz de gerar sensação auditiva na criança ou adulto através da geração de estímulo sonoro na qualidade de tom puro (como se fosse um apito). É realizado dentro de uma cabine acústica e o paciente usa fones de ouvido.
Audiometria vocal utiliza estímulos de fala como o uso de palavras monossilábicas ou dissilábicas e trissilábicas objetivando verificar o menor limiar auditivo onde o paciente consegue escutar e entender o que foi dito.
Trata-se de uma avaliação do comportamento auditivo, é realizado em crianças dos 0 aos 24 meses. Esse exame é realizado numa sala acusticamente tratada e com um Kit Auditivo composto por brinquedos e instrumentos musicais pedagógicos, previamente selecionados e mensurados pelo INMETRO. São apresentados estímulos vocais e instrumentais para criança e o examinador observa as mudanças de comportamento da criança (movimentos corporais dos membros, da cabeça em procura e/ou localização da fonte sonora, contração do músculo orbicular do olho como piscar, etc) frente a esses estímulos para posterior elaboração do relatório da avaliação audiológica.
É realizada com um equipamento chamado impedanciômetro/ imitanciômetro/analisador de orelha média, que tem por finalidade avaliar a orelha média através de variações de pressão positiva e negativa na orelha externa, com a introdução de uma sonda que gera as mudanças de pressão na membrana timpânica o que ocasiona variações no sistema tímpano-ossicular na orelha média, medindo assim a mobilidade do sistema.
O Teste da Orelhinha ou exame de emissões otoacústicas evocadas, é o método mais moderno para constatar problemas auditivos nos recém-nascidos. O exame consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno através de uma delicada sonda introduzida na orelhinha do bebê. É rápido, seguro e não provoca dores. O exame é feito com o bebê dormindo, em sono natural, a partir de 48 horas de vida, preferencialmente ainda no primeiro mês. A duração é de aproximadamente 10 minutos, é indolor e não apresenta contra-indicações.
Após avaliação audiométrica e a indicação médica, a fonoaudióloga seleciona as próteses que melhor se encaixam na perda de audição do paciente. Dentre as opções o paciente escolhe quais próteses quer testar. O teste ocorre durante 1 ou 2 semanas, quando o paciente utiliza os aparelhos no seu dia-a-dia.
A avaliação do PAC é realizado com crianças a partir dos 4 anos de idade e irá permitir analisar e diagnosticar como o cérebro está interpretando a mensagem recebida. Avalia a audição periférica e alguns testes avaliam a função auditiva central. É totalmente indolor, depende da colaboração do paciente e é realizado dentro da cabina acústica com fones de ouvido. O paciente escutará estímulos verbais e não verbais com distorção. Ele precisará ouvir e produzir oralmente ou apontar uma figura, ou palavra escrita para produzir a resposta sensorial envolvida.
A avaliação do PAC deve ser posterior à audiometria completa (audiometria tonal + audiometria vocal + impedânciometria). A duração varia de 60 a 80 minutos e em alguns casos há necessidade de remarcar o paciente.
Este exame faz parte da rotina otoneurológica, que visa avaliar de forma minuciosa o paciente com alterações do sistema vestibular (equilíbrio), incluindo as doenças do labirinto, popularmente conhecidas como “labirintites”. Eletrodos semelhantes aos eletrodos usados em eletrocardiogramas são colocados na fronte do paciente e conectados a um programa de computador, que analisará os sinais originados de movimentos oculares involuntários, denominados nistagmos. Os pacientes são submetidos a testes visuais com barras luminosas, em que devem acompanhar com o olhar o deslocamento de sinais luminosos, e testes calóricos, em que as orelhas são expostas a água quente e água fria, que estimulam de forma diversa o labirinto. A análise computadorizada dos nistagmos é de fundamental importância no diagnóstico das doenças vestibulares. Tonturas e mal estar podem ocorrer, cedendo no final do exame.
O potencial evocado auditivo, também conhecido como BERA, é uma técnica simples, não invasiva, tem alta sensibilidade, apresenta baixa variabilidade e alta reprodutibilidade das respostas que possibilita a avaliação da integridade funcional das vias auditivas. Faz parte da avaliação objetiva da audição analisando desde a orelha interna até o tronco cerebral, sendo considerado um exame complementar da bateria audiológica.
Esse exame tem o objetivo de avaliar as áreas auditivas cerebrais relacionadas com a capacidade de aprendizado (função cognitiva), memorização e atenção. Ele é muito usado em alunos com distúrbios de aprendizagem, idosos com demências e pacientes com dificuldade de entender a fala. Serve tanto para diagnóstico como para controle de evolução e tratamento. O paciente fica acordado e prestando atenção para contar estímulos sonoros que lhes são oferecidos ocasionalmente. O aparelho registra a onda elétrica gerada quando o paciente conta os estímulos sonoros e o examinador interpreta se a mesma é normal. O paciente deve ser apto a contar ou acusar a ocorrência dos sons emitidos.
Exame relativamente simples, rápido e extremamente confiável na avaliação objetiva da função auditiva, além do funcionamento normal ou não da orelha interna.
Uma pequena sonda (eletrodo) é introduzida no canal auditivo externo do paciente para se estimular a orelha interna e se obter uma resposta na forma de onda de latência curta.
O paciente deve permanecer quieto durante o exame que é de rápida realização. Caso seja necessário, pode-se proceder à sedação em ambiente hospitalar.
Os Potenciais Evocados Miogênicos Vestibulares (VEMP) são potenciais elétricos inibitórios gerados após um estímulo sonoro (cliques ou tons puros), originados no sáculo e conduzidos pela divisão inferior do nervo vestibular até o sistema nervoso central (SNC), gerando respostas elétricas inibitórias captadas por eletrodos no músculo esternocleidomastóideo (ECM).
O teste de VEMP é um novo exame complementar, que contribui, juntamente com outras provas otoneurológicas, para o diagnóstico das mais diversas patologias vestibulares, destacando-se entre elas, a síndrome de Ménière e casos de deiscência de canal semicircular superior. Este exame complementar mostra-se promissor, principalmente por nos fornecer informações sobre a função do sáculo e da divisão inferior do nervo vestibular. Exame indolor e independe de respostas do paciente.
É a terapia da tontura. Através de exercícios corporais escolhidos de forma personalizada, a reabilitação vestibular, visa reestabelecer o labirinto lesado. A melhora do paciente ocorre em poucas sessões e é necessário que o mesmo faça exercícios em casa, treinando o equilíbrio.
A resposta auditiva de estado estável (RAEE) é um procedimento eletrofisiológico que permite avaliar ao mesmo tempo os limiares auditivos de várias frequências em ambas às orelhas, reduzindo assim o tempo de teste, e permite estimular até níveis próximos a 125dB HL, caracterizando assim a audição residual. Por ser um exame de eletrofisiologia, o paciente deverá permanecer imóvel, por isto, crianças devem dormir para realizar o procedimento.
A terapia fonoaudiológica (ou Fonoterapia) é constituída por uma série de ações que envolvem a seleção, a indicação e a aplicação de métodos, técnicas e procedimentos terapêuticos, adequados e pertinentes às necessidades e características do paciente, nas áreas de: linguagem (oral e escrita), voz, motricidade oral, disfagia e fluência.